Cecília Mãe é um ícone do skate brasileiro. É uma entidade. É alguém que a gente não pode deixar de falar ou deixar cair no esquecimento. É uma pessoa que viveu vários momentos e que merece estar nas nossas conversas. E o melhor: está vivíssima, lúcida e pode ser uma pessoa pra ser lembrada e contar suas próprioas histórias!
Se você tem mais de 35 anos, com certeza esse nome já passou pelo seu dicionário do skate brasileiro. mas se você é geração Z, chega com nois pra conhecer mais um personagem do skate que não necessariamente andava de skate, mas fez história no nosso mundo.
Cecília Mãe é uma figura onipresente do skate desde os anos 70 e participou ativamente de vários negócios legais da mídia do skate brasileiro. Esse “mãe” no nome na verdade é um apelido, porque era quase que uma mãe mesmo pro bando de moleque que andava junto dela nos anos 70 e 80.
Ela conta que se apaixonou pelo skate nos anos 80 com os Ibiraboys, de quem ficou muito parceira. Ela nunca andou de skate, mas não por isso deixou de fazer parte da nossa história.
Cecília trampou em revistas como a Yeah, sua primeira e que fez parte da edição 1 até a 7, e depois a Overall, que inclusive tem uma capa muito icônica com ela. Depois trampou na Tribo Skate, no Skate Paradise na ESPN e mais um monte de coisa.

A Cecília foi um ícone do skate feminino, colocando mulheres nas edições da revista. Um exemplo disso é uma entrevista da Monica Polistchuck na primeira revista de skate em que participou. Depois disso, sempre colocou mulheres skatistas nas suas pautas e sempre reservou um espaço igualitário pras minas no enfoque nos trampos em que trabalhou.
Cecília Mãe é um personagem do skate que não necessariamente andou de skate mas que fez muita história. Hoje em dia ela é mãe de verdade, tá um pouco afastada do skate, talvez nem tenha redes sociais, mas é uma personagem importantíssima da nossa história e merece todo salve que a gente puder dar. Sua última entrevista é de 3 anos atrás, no podcast do Klaus Bohms. Vale muito dar uma ouvida!
