Marc Johnson. Toda parte dele é como um filme, pode levar do riso ao choro em segundos, cair queixos e trazer aquela cara de “não acredito” em poucos momentos. A edição, escolha de músicas e, principalmente, o estilo do MJ são aspectos que arrepiam, diferentes de várias outras partes em que só andar de skate é o principal.
A enorme parte dele no Lakai – Fully Flared, por exemplo. O que é aquilo? Quem não chorou? Quem não sentiu a pele arrepiar quando começou a terceira música? Us, do She Wants Revenge? Aquilo foi demais pra mim. Eu não consigo assistir essa parte normalmente. Não é só mais uma parte qualquer pra mim. É um mix de admiração, felicidade e uma pontinha saudável de inveja que me faz, toda vez que assisto à essa parte, ficar grudado na tela e atento a cada detalhe.
Anos passam e Marc Johnson solta mais uma parte: Girl/Chocolate – Pretty Sweet. O vídeo caminha bem até que começa David Bowie, no tom mais emocionante já visto em um vídeo de skate. Tudo conta, até o jeito de dobrar a calça e mostrar a meia branca. O cara é um artista, o corpo grita sentimentos e o skate obedece, gentilmente, a cada ordem. Perfeição.
E antes que alguém pense “ah, mas é o Marc Johnson!”, não precisa ir muito longe para encontrar casos parecidos, não. Ryan Sublette faz isso também. Conheci esse cara através de amigos e a sensação ao ver os vídeos é a mesma: cai uma lágrima no canto do olho. A escolha de músicas, estilo do cara e a edição dão o tom de filme, um algo a mais naquilo tudo. Genial.
Mark Suciu. Em uma cerimônia simples na Philadelphia, Mark casou-se com o estilo e tiveram a mais perfeita e mais feliz união já vista no mundo. A parte dele lançada pela Thrasher no início de 2012, chamada Cross Continental mostra como o casamento foi perfeito. A primeira música traz lágrimas aos olhos dos mais desatentos. Quem estiver apenas ouvindo a música e não vendo o vídeo achará que é mais um filme de amor e realmente é. Mark é um exemplo de como, até mesmo, o jeito de remar é escolhido cuidadosamente para casar com todo o estilo possível. União perfeita.
A parte do Daniel Marques no BEATS bate no coração também. Cot, que música é aquela? Me passa depois! A edição, as manobras, o style… tudo em perfeita harmonia. Emocionante pra quem vê e deve ter sido emocionante pra quem fez, também.
Se nada disso desse tópico de discussão fez sentido pra você que está lendo esse texto, sinto muito. Acho que o skate bate muito mais forte nos meus sentimentos e me traz mais do que apenas admiração. Não sou melhor, nem pior por esse motivo. Mas acho que curto muito mais quando assisto a um vídeo de skate.